Na última quarta (5), a Polícia Federal deflagrou a Operação Greenwashing, visando desarticular organização criminosa suspeita de vender cerca de R$ 180 milhões em crédito de carbono de áreas da União invadidas ilegalmente. Ao todo, estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e 76 mandados de busca e apreensão, em alguns estados, dentre eles o Ceará.
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Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal da Seção Judiciária do Amazonas. Além do Ceará, Rondônia, Amazonas, Mato Grosso, Paraná e São Paulo estão sendo alvos da operação. Conforme as investigações, as fraudes fundiárias surgiram na cidade de Lábrea (AM).
A investigação também mostrou uma série de ilícitos, como a exploração florestal e pecuária em áreas protegidas, a criação de gado “fantasma” para atender áreas com restrições ambientais; venda de créditos virtuais de madeira; e obtenção de licenças fraudulentas.
Conforme a suspeita da PF, a quadrilha explorou ilegalmente mais de 1 milhão de metros cúbicos de madeira em tora, causando um dano ambiental estimado em R$ 606 milhões. A operação também revelou que a organização grilou terras avaliadas em cerca de R$ 820 milhões, e a ação teria se estendido por mais de uma década.