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terça-feira, 14 de maio de 2024

Polícia aponta assédio moral como motivação de crime contra vereador


No último mês, o garçom Antônio Charlan Rocha Souza foi preso acusado de assassinar o vereador César Veras e ferir outras duas pessoas em um restaurante na orla de Camocim, a 354 km de Fortaleza. Segundo a conclusão da Polícia Civil, o crime teria sido motivado por assédio moral no trabalho.

A investigação revelou que conteúdos recolhidos do celular de Antônio, com autorização judicial, indicaram pesquisas relacionadas a problemas trabalhistas e questões emocionais. Os termos pesquisados incluíam “funcionário pedindo demissão”, “desrespeito trabalhista”, “trabalhador demitido”, “pagamento errado”, “patrão desrespeitando funcionário”, entre outros. Além disso, o garçom também buscou conteúdos sobre “melancolia”, “tristeza permanente e profunda” e “pertinência”.

A análise do inquérito policial também envolveu a revisão de 664 mensagens trocadas via WhatsApp pelo suspeito. No entanto, não foi encontrado nenhum conteúdo diretamente criminoso ou relacionado ao homicídio do vereador e ao ataque às outras vítimas.

“Indícios existem de que Charlan queria atacar de alguma forma a pessoa de Euclides, motivo pelo qual o indiciado marcou ele e os melhores amigos do dono do estabelecimento, aqueles que sempre frequentavam o local, dentre eles o vereador César Araújo Veras e Fábio Roberto de Castro Sousa. Assim, a autoria e a materialidade do crime estão devidamente comprovadas, bem como a motivação do crime foi descoberta após a investigação concluída pela equipe da Polícia Civil de Camocim”, diz um trecho do inquérito.

Antônio Charlan, que trabalhava há 13 anos no restaurante onde o crime ocorreu, conhecia as vítimas, incluindo seu patrão, e não tinha desavenças conhecidas com eles. Durante as investigações, a Polícia ouviu outros funcionários e ex-funcionários do restaurante, com relatos de que o ambiente de trabalho era marcado por “muita pressão”.

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