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quinta-feira, 6 de junho de 2024

Ceará desperdiça 44,38% do seu volume de água por ano



De acordo com o “Estudo de Perdas de Água 2024 (SNIS, 2022): Desafios na Eficiência do Saneamento Básico no Brasil”, o Ceará perde 44,38% do volume total de água anualmente, isso antes mesmo às residências do país.

Mesmo perdendo quase metade do seu volume total de água, o Estado ocupa a 12ª colocação no ranking nacional nesse quesito. O levantamento realizado pelo Instituto Trata Brasil (ITB), afirma que isso ocorre em decorrência a vazamentos nas redes de abastecimentos, erros de medição e consumos não autorizados, conhecidos popularmente como “gatos”.

Já em relação a Fortaleza, ela é a 14ª cidade que mais reduziu a perda de água de 2018 a 2022, tendo uma diminuição de 48,13% para 36,62% durante este período.

Enquanto a todo o Brasil, o índice da perda de água, de 2018 a 2022, foi de  37,78%, representando a primeira redução desta taxa em seis anos. Contudo, isso ainda não representa um cenário adequado, visto que, segundo a definição da Portaria 490/2021, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), um município para ter o nível de excelência no desperdício de água, é necessário ter, no máximo, uma taxa de 25%.

Segundo esta pesquisa do ITB, Goiás é o estado brasileiro com o menor índice de perda de água, com 28,34%. Todas as outras unidades federativas possuem uma taxa de desperdício acima de 30%. Com estes valores, mais de 7,6 mil piscinas de água potável são desperdiçadas diariamente em todo o país.

O levantamento detalha que, considerando apenas os vazamentos, o volume de mais de 3,6 bilhões de metros cúbicos (m³) seria suficiente para abastecer aproximadamente 54 milhões de brasileiros em um ano. Fora que, caso o Brasil conseguisse reduzir a taxa de desperdício de 37,8% para 25%, isso geraria R$ 40,9 bilhões de ganhos até o ano de 2034.

Coordenador de Relações Institucionais e Comunicação do Instituto Trata Brasil, André Machado, afirma que, na verdade, se fizermos uma análise de 2012 a 2022, o índice de perda de água ficou pior.  “Se a gente considerar o período dos últimos 10 anos, de 2012 a 2022, a gente vai observar que houve, na verdade, uma piora nesse indicador de 0,8 pontos percentuais, já que hoje estamos com um patamar de perdas de água na distribuição de 37,8%”, disse o coordenador.