Suspeita de levar o tio já morto para sacar um empréstimo em um banco, Érika de Souza Vieira Nunes, 43, afirmou a policiais que o idoso -Paulo Roberto Braga, 68- queria o dinheiro para comprar uma televisão e reformar a casa na qual morava em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Ela foi presa em flagrante nesta terça (16) por suspeita de levar o idoso já morto para sacar R$ 17 mil na agência bancária. A reportagem teve acesso ao primeiro depoimento de Érika aos investigadores. Nele, ela afirmou que há cerca de uma semana seu tio passou mal dentro de casa e foi levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Bangu, na qual ficou internado por cinco dias com quadro de pneumonia.
A Fundação Saúde, que faz a gestão da UPA, confirmou essa versão. Em nota, a entidade disse que Paulo deu entrada na unidade no dia 8 de abril e, após tratamento, teve alta no dia 15 -ou seja, um dia antes de ser levado ao banco.
Érika disse no depoimento que o idoso ficou sob seus cuidados após ser liberado pelos médicos. Ainda segundo ela, ela costuma cuidar dele pois os dois são vizinhos. Ao receber alta, Paulo teria dito a ela que havia solicitado o empréstimo de R$ 17 mil, que teria sido feito a uma empresa no dia 25 de março.
“O empréstimo não foi realizado pelo banco e sim por uma empresa. Para sacar o dinheiro ele precisava ir até o banco e assinar”, disse o delegado Fábio Souza, que investiga o caso. Ele não explicou como exatamente teria funcionado o empréstimo, nem qual a empresa responsável.