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sábado, 23 de março de 2024

Mortalidade infantil volta a crescer no CE, com 1,3 mil óbitos de bebês por ano; entenda fatores



Todo mês, mais de 100 bebês menores de 1 ano morrem no Ceará. Só em 2023, foram mais de 1,3 mil óbitos nessa faixa, de acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Estado. O número alto compõe um indicador importante: a taxa de mortalidade infantil, que voltou a crescer entre os cearenses.

A taxa é calculada relacionando o número de nascidos vivos com o quantitativo de bebês que morreram antes de completarem o 1º ano de vida. No Ceará, o movimento de queda da taxa se estendia desde 2019, mas foi interrompido em 2021.

A tendência preocupante, que afeta quase todo o País, foi abordada no estudo “Cenário da Infância e Adolescência no Brasil”, da Fundação Abrinq. Nela, o Ceará consta entre os 24 estados onde a mortalidade infantil cresceu entre 2020 e 2022.

Em 2020, a taxa de mortalidade infantil no Estado era de 11,6 óbitos a cada mil nascidos vivos, caindo para 10,7 no ano seguinte. Em 2022, porém, subiu para 11,7. Os dados até 2022 são destacados pela Fundação Abrinq e constam na base do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para chegar à taxa de 2023, porém, o Diário do Nordeste cruzou números do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), que mostram o nascimento de 111 mil bebês no Estado – e a morte de 1.326 menores de 1 ano.

Isso resulta numa taxa de mortalidade infantil de 11,9 óbitos a cada mil nascidos vivos, superior à de 2022 e a mais alta desde 2020.

As principais causas de mortes de bebês menores de 1 ano no Ceará em 2023, de acordo com o SIM, foram complicações na gestação, problemas respiratórios, infecções e problemas associados a malformações de órgãos vitais, como o coração.