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quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Vírus zumbis: aquecimento global pode “acordar” vírus após 50 mil anos



O aquecimento global vem gerando muitos impactos na Terra, como descongelamento de geleiras, mudanças climáticas e liberação de gases de efeito estufa.

Outra consequência das interferência humanas no meio-ambiente que vem chamando atenção de vários cientistas nos últimos anos é o rápido descongelamento de solos e subsolos.

O virologista francês Jean-Michel Claverie alerta a humanidade sobre o despertar de vírus que estão “dormindo” há 50 mil anos e podem ser despertados com o descongelamento do solo de Solo que está congelado há pelo menos dois anos. Ele é formado por terra, rochas e sedimentos amalgamados. . São os chamados “vírus zumbis”, que Claverie e sua equipe estudam há mais de uma década.

Descongelamento do permafrost: os impactos dos vírus adormecidos

Com o descongelamento do solo, os cientistas ainda estão analisando como os vírus zumbis vão se apresentar na forma de ameaça.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já demonstrou preocupação sobre esta temática e vem investigando o caso.

“A OMS trabalha com mais de 300 cientistas para analisar as evidências sobre todas as famílias virais e bacterianas que podem causar epidemias e pandemias, incluindo aquelas que podem ser libertadas com o degelo do permafrost”, afirma a porta-voz da OMS, Margaret Harris.

Um caso já foi manifestado na Sibéria, em 2016, que deixou os estudiosos em alerta. Uma forte onda de calor atingiu o território siberiano e liberou esporos de antraz, o que deixou várias pessoas infectadas e hospitalizadas, além de causa a morte de uma criança e de milhares de renas.

Em 2014, Claverie provou pela a primeira vez que vírus “adormecidos” podem ser retirados do permafrost siberiano e revividos. Seu estudo foi voltado apenas para organismos que podem infectar amebas, para evitar qualquer risco de contaminação amplificada.

No ano de 2019, a equipe isolou 13 novos vírus, incluindo um congelado sob um lago há mais de 48.500 anos. O microorganismo foi retirado de sete distintas amostras de permafrost siberiano.