Casos graves acompanhados por agentes da segurança pública, em sequência, acabam comprometendo a saúde mental dos policiais. Em resposta a isso, as instituições responsáveis pela atuação dos agentes têm dado seguimento a ações para tentar amparar esses profissionais e minimizar os efeitos negativos que esse cenário pode acarretar na vida deles e da população como um todo, de modo indireto.
Casos recentes com danos potenciais à saúde mental dos agentes se avolumam: uma chacina dentro da Delegacia de Camocim; quatro policiais civis mortos por outro colega que estava de afastado das funções para tratamento de sintomas de ansiedade; um policial militar que, em surto, manteve a esposa em cárcere privado; um outro agente que, na orla de Fortaleza, tirou a própria vida e deixou um bilhete. Todos apresentando sintomas psiquiátricos.
Desde 2017, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) conta com a Assessoria de Assistência Biopsicossocial (Abips). Criada para cuidar da saúde mental dos servidores de segurança, essa Assessoria conta com 3 psiquiatras, 15 psicólogos e um assistente social que atendem os agentes e sua famílias.
Conforme Germana Araújo, assistente social que atua no projeto, o agente de segurança é sempre o foco do trabalho desenvolvido junto à Secretaria, mas as famílias do profissional também podem ser atendidas.
Atualmente, a Secretaria trabalha com profissionais terceirizados para atender os agentes, mas a intenção é torná-los fixos. Isso já está sendo encaminhado para a Polícia Militar do Estado do Ceará (PMCE).
