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quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Navio de guerra dos EUA abate mísseis de aliados do Irã


Um navio de guerra americano interceptou mísseis lançados pelo que a Marinha dos EUA acredita ser rebeldes houthis do Iêmen, uma facção xiita apoiada pelo Irã que disputa o poder no país ao sul da península Arábica.

Segundo o Pentágono, os mísseis eram provavelmente direcionados a Israel, ao norte. Os EUA prometeram apoiar o Estado judeu em sua guerra contra o Hamas, grupo terrorista palestino que matou 1.300 israelenses em um ataque devastador no dia 7 passado.

Segundo relatos à imprensa americana, CNN à frente, o destróier lançador de mísseis guiados USS Carney abateu de dois a três mísseis vindos da costa de uma região dominada pelos houthis. A Marinha dos EUA faz patrulhas constantes em toda a região, como no mar da Arábia em que o incidente ocorreu nesta quinta (19). O problema é o momento.


O governo de Joe Biden enviou para o Mediterrâneo oriental, junto à costa israelense, um grupo de porta-aviões, com um segundo a caminho. O motivo alegado é dissuadir o Irã de se envolver na guerra que Israel trava contra o Hamas, que é apoiado por Teerã.

Como fiador do Hamas e do Hizbullah, ainda mais poderoso grupo anti-Israel baseado no sul do Líbano, o Irã foi alertado de que o poder de fogo naval americano poderia atingir seus prepostos -ou mesmo o país persa, embora essa seja uma hipótese escalatória por ora apenas na lista de temores.

Com efeito, o Hizbullah está promovendo ataques seguidos no norte de Israel desde que a situação regional se agravou, visando estabelecer limites de lado a lado, o que pode dar errado e disparar um conflito maior. Nesta quinta, houve nova e intensa troca de fogo, com os libaneses enviando cerca de 20 foguetes contra posições de Israel, a maior barragem na crise atual.

Os houthis do Iêmen vivem uma guerra civil com o regime autoritário local desde 2014. No ano seguinte, a Arábia Saudita, rival do Irã, interveio em favor da ditadura acossada do país árabe. Segundo a ONU, talvez 80% dos 4,5 milhões de iemenitas foram deslocados de suas casas pela guerra, que matou algo como 350 mil pessoas.

Desde que a China promoveu a reaproximação entre Riad e Teerã, algo consumado no restabelecimento de relações diplomáticas neste ano, o esforço para pôr fim ao conflito foi intensificado -uma delegação houthi foi recebida na Arábia Saudita no mês passado.