O exército israelense ordenou a evacuação imediata de mais de um milhão de habitantes do norte da faixa de Gaza para o sul, em um período de 24 horas. Em um comunicado, os militares de Israel afirmaram que a saída de todos os civis tem como finalidade a segurança e proteção desses cidadãos antes de uma possível invasão de Israel.
Porém, em resposta ao pedido, a Organização das Nações Unidas solicitou a alunação da ordem imediatamente e advertiu ser impossível executar a medida. Isso porque, a execução dessa medida requer diversos fatores em uma logística complexa. Dentre elas pode-se citar a necessidade de uma infraestrutura adequada, tráfego sem congestionamento, recursos médicos e boa comunicação.
Embora seja possível realizar evacuações em larga escala em emergências, geralmente elas requerem mais tempo para garantir a segurança e o bem-estar de todos os envolvidos. No entanto, o Egito, responsável por administrar a passagem de Rafá, a única entrada de Gaza que não está sob controle de Israel, ignorou as ordens e pediu que o povo de Gaza permaneça em suas terras.
Em Gaza, apenas nesta sexta-feira, mais de 400 mil pessoas foram obrigadas a sair de suas residências devido o intenso bombardeio de Israel, que mantêm um bloqueio na fronteira do enclave. Por outro lado, o governo israelense já afirmou que não vai permitir a entrada de ajuda humanitária até que os reféns sejam liberados.
Desde o ataque do movimento islamita palestino no dia 7 de outubro, cerca de 1.200 pessoas morreram em Israel, a maioria civis. O grupo extremista ainda fez cerca de 1.500 reféns entre israelenses e estrangeiros. Além disso, Israel responde com bombardeios na faixa de Gaza, que já deixaram mais de 1400 mortos, incluindo muitos civis, conforme as autoridades palestinas
