Fazer entre 20 e 25 minutos de atividade física moderada todos os dias pode ser suficiente para compensar o aumento do risco de morte associado a um estilo de vida altamente sedentário, afirma uma pesquisa publicada no British Journal of Sports Medicine.
A análise feita por pesquisadores da Noruega, Dinamarca e Estados Unidos mostra que ficar sentado ou deitado por mais de 12 horas por dia está associado a um risco de morte 38% maior em comparação a um total diário de 8 horas. Mas isso não vale para aqueles que acumulam ao menos 22 minutos diários de atividade física moderada a intensa.
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Andar de bicicleta, correr, caminhar rápido e até subir escadas por um curto período de tempo todos os dias pode, então, diminuir a mortalidade de indivíduos que têm estilo de vida sedentário.
“Não é nada exaustivo. É algo como conseguir conversar caminhando, mas ficar um pouco ofegante no final de uma frase”, diz Ricardo Barroso, diretor da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo), que não participou da pesquisa.
A atividade física tem efeito tanto na longevidade quanto na qualidade de vida, diz o médico endocrinologista. Isso porque influencia em fatores metabólicos, como controle da glicose e da pressão; além de ter impacto no humor, reduzindo ansiedade e estresse; e no sono, promovendo uma melhor qualidade, afirma.
Por fortalecer o coração, o exercccício melhora a circulação e está associado também à redução de doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial ou diabetes, que não deixa de ser um grande fator de risco para a aterosclerose, que seria a deposição de gordura nas artérias, diz Eduardo Senra, endocrinologista e clínico da SBCM (Sociedade Brasileira de Clínica Médica).