Popularmente conhecido e aplicado no Brasil, o alisamento capilar se concentra no uso de produtos cosméticos químicos que modificam a estrutura dos cabelos de cacheados ou crespos para lisos ou ondulados. “Essa artimanha garante a duração desse efeito logo após o enxague”, conta Dra. Mirian.
“O que poucas pessoas sabem, infelizmente, é do que eles são feitos e o que causa no cabelo quando o uso é constante”, diz. “Os produtos para o alisamento são classificados em alcalinos ou ácidos. Os alcalinos, por exemplo, são divididos em duas classes: os tióis, com ácido tioglicólico e tioglicolato, e os hidróxidos, de sódio, de potássio, de cálcio e a guanidina”, detalhou a especialista.
![](https://oestadoce.com.br/wp-content/uploads/2023/10/image-171-edited.png)
“Todos são, consequentemente, liberados pela ANVISA, que bem fique claro. O grande problema, apesar disso, é a grave incompatibilidade entre tioglicolato e hidróxidos, visto que o pH muito alcalino de tais substâncias pode resultar em queimaduras no couro cabeludo e na constante quebra dos cabelos”, lembrou. “Não menos importante, os fios ficam mais frágeis e extremamente danificados”.
Esse grupo de ácidos, de acordo com a doutora, é o que se conhece como ‘escova progressiva’ no Brasil. O formaldeído, ou formol, nesse caso, foi a primeira substância a ser usada com essa finalidade, sendo misturado a produtos que possuem queratina hidrolisada, os aminoácidos.