Nesta sexta-feira, 11, estudantes se mobilizaram para solicitar melhorias educacionais em Brasília. Entre as demandas, destaca-se o pedido pela revogação do novo ensino médio e a recomposição do orçamento do Ministério da Educação (MEC).
De acordo com as informações divulgadas pela organização, o ato fez parte de uma mobilização nacional e as entidades estudantis estão participando de negociações com o MEC. “Mais uma vez os estudantes se somam à luta para poder ter esse protagonismo e mostrar para o governo que os estudantes são a linha de frente, seja em defesa da educação, seja em defesa da democracia. E nós estamos aqui mais uma vez nas ruas”, afirma Luis Alves, que é diretor de Extensão e Pesquisa da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Durante o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo de Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a verba de R$ 45 bilhões para educação, com o objetivo de expandir a rede pública e retomar obras. No início da semana, o MEC divulgou o resultado da consulta pública para avaliação e reestruturação da política do ensino médio, aprovada em 2017.
O ministério informou que as mudanças sugeridas serão avaliadas e integradas a uma proposta de reestruturação. No entanto, os estudantes pediram nas ruas a revogação completa da política. “O ministério apresenta apenas basicamente uma reforma da reforma e não é isso que a gente quer. É muito importante garantir que os nossos estudantes continuem nas salas de aula, a evasão escolar que a gente tem no Brasil é gritante, se iniciou por conta da pandemia, mas se intensificou muito com a implementação do novo ensino médio nas escolas”, afirma o representante de UNE.
O novo modelo propõe que parte das aulas seja comum a todos os estudantes, com aspectos que integram a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A outra parte do itinerário será definida pelos próprios alunos, que poderão dar ênfase em áreas conforme suas preferências. A implementação, inciada em 2022, está ocorrendo de forma escalona até 2024
