Os quatro policiais militares que estão sendo acusados de participar da Chacina do Curió, ocorrida há sete anos na Grande Messejana, em Fortaleza, darão seus depoimentos nesta quinta-feira (22), no terceiro dia de julgamento do caso.
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A mãe de um ex-aluno de Wellington Veras Chagas; o filho dela estudou em curso pré-militar durante quatro anos e teve o policial como instrutor, foi a primeira a testemunhar. A segunda pessoa a falar foi um sargento da Polícia Militar, que foi comandante de Welington e de Ideraldo Amancio (também réu no caso). Já a terceira testemunha foi uma vizinha de Welligton, proprietária de uma lan house onde ele estudava para o concurso da Polícia Militar.
Em seguida, foi ouvida a esposa de um policial militar que trabalhava com Wellignton. Um vizinho de Ideraldo Amâncio foi o quinto ouvido. Por fim, um 2º sargento aposentado do Exército foi ouvido a favor de Ideraldo; e um major da Polícia Militar também.
Relembre o caso
Na noite de 11 de novembro de 2015 e madrugada do dia 12, em diferentes ruas da região da “Grande Messejana”, 11 pessoas foram mortas, três sofreram tentativa de homicídio e outras quatro, vítimas de tortura. O Ministério Público do Ceará denunciou, no início, 45 policiais militares, sendo aceita a denúncia contra 44 deles. No decorrer do processo, a Justiça, por meio da 1º Vara do Júri de Fortaleza, impronunciou 10 acusados, ou seja, nas circunstâncias avaliadas, segundo os autos, não existiam indícios suficientes de autoria para submetê-los a julgamento pelo Tribunal do Júri. Restaram, portanto, 34 réus, divididos em três processos, pois a ação principal foi desmembrada para proporcionar maior agilidade ao julgamento. Com o desmembramento, duas ações ficaram com oito réus cada e uma outra com 18 acusados.