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sábado, 7 de janeiro de 2023

Robô ‘ChatGPT’ escreve redação do Enem em 50 segundos; saiba quanto ele tiraria na prova



Se um robô se inscrevesse no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), será que conseguiria ser aprovado em um curso concorrido como o de medicina?

O g1 pediu que o novo sistema de inteligência artificial “ChatGPT”, ainda em fase de testes, escrevesse uma redação no tema cobrado em 2022: “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”. Em 50 segundos (sim, é assustador), sem pestanejar, o robozinho terminou sua tarefa.

Nesta reportagem, leia a íntegra do texto produzido pela ferramenta e entenda por que, segundo professoras de redação, a nota atribuída pelos corretores seria bem mediana: 680 pontos (o máximo é mil).

Antes disso, algumas ressalvas:

-É preciso dizer que o robô é um candidato humilde — logo na primeira tela, ele já assume suas limitações e diz que pode gerar informações incorretas ou conhecer pouco sobre acontecimentos de 2021 em diante.
-E devemos dar outro desconto: apesar de a “máquina” ter de estudar mais um pouquinho para entrar na faculdade, ela já faz contas, dá respostas detalhadas para qualquer pergunta e até escreve em linguagem de programação.
-Desde dezembro, o “ChatGPT” está aberto para que qualquer usuário do mundo o utilize (basta entrar no site e fazer um cadastro). Veja os detalhes aqui.

O que o robô escreveu na redação?


O texto gerado pelo “ChatGPT” foi o seguinte:

No Brasil, a valorização de comunidades e povos tradicionais tem sido um desafio constante. Essas comunidades, que incluem indígenas, quilombolas, ribeirinhos e outros grupos, têm sido historicamente excluídos e discriminados, o que tem prejudicado o seu desenvolvimento econômico e social.

Um dos principais desafios para a valorização dessas comunidades é a falta de reconhecimento de seus direitos territoriais. Muitas vezes, elas são despejadas de suas terras por empresas ou particulares, o que leva à perda de sua fonte de sustento e ao aumento da pobreza. Além disso, a falta de regularização fundiária e a precariedade dos títulos de propriedade têm sido um obstáculo para o acesso a crédito e ao desenvolvimento de projetos econômicos viáveis.

Outro desafio é a falta de políticas públicas e de investimentos para o desenvolvimento dessas comunidades. Muitas vezes, elas são excluídas de programas governamentais e de projetos de infraestrutura, o que dificulta o acesso a serviços básicos como educação, saúde e saneamento. Além disso, a falta de apoio à preservação e valorização de suas culturas e tradições tem contribuído para o esvaziamento dessas comunidades e para a perda de sua identidade cultural.

Para superar esses desafios, é necessário que haja uma mudança de atitude por parte do Estado e da sociedade em geral. É preciso reconhecer os direitos dessas comunidades e implementar políticas públicas que garantam o acesso a serviços básicos e ao desenvolvimento econômico. Além disso, é importante investir na preservação e valorização de suas culturas e tradições, de modo a contribuir para a sua valorização e para a riqueza cultural do país.

Em resumo, a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil é um desafio que exige ações concretas por parte do Estado e da sociedade. Só assim será possível garantir o respeito aos direitos dessas comunidades e promover o seu desenvolvimento econômico e social de maneira justa e equilibrada.

Qual seria a nota do robô? E o boletim de desempenho?

O g1 enviou o texto do robozinho para duas professoras: Marina Rocha, do Colégio e Curso A a Z, e Flávia Consolato, coordenadora de correção de redações do Curso Anglo.