Após a repercussão de diversas reclamações contra o andamento do concurso da Universidade Regional do Cariri (Urca), o juízo da 1ª Vara Cível do Crato determinou, na última terça-feira (29/11), a suspensão da execução do certame para o provimento dos cargos do magistério superior. “Atropelo das fases do concurso, falta de publicidade, transparência dos atos administrativos, e violação ao direito de petição dos candidatos e às garantias do contraditório e da ampla defesa”, foram as deficiências apontadas pela reportagem da Rede ANC, e confirmadas pelo órgão ministerial.
A Rede continuou a receber denúncias sobre o caso. O reitor da universidade, Francisco do O’ de Lima Júnior, promoveu uma coletiva de imprensa no dia 14 de novembro, após a publicação da matéria. No evento, Júnior afirmou que não “houve diálogo” e que “nenhum membro da comissão do concurso foi escutado” pela reportagem.
A informação não procede, já que a própria universidade respondeu as solicitações da Redação, que abordavam as denúncias, com um convite para o encontro. Além disso, tanto o envio do e-mail quanto as ligações telefônicas foram feitos durante o horário comercial, quando a universidade supostamente estaria funcionando.
Na ocasião, o reitor justificou a demora para a divulgação do resultado com o grande número de candidatos avaliados. “Todo cuidado está sendo tomado. Não há um só membro de banca que conheça candidato. Não há nenhum nível de suspeição nos resultados ou nos processos conduzidos até agora. O Ministério Público está acompanhando”, disse o reitor. Nesta quarta-feira (30/11), a Rede ANC entrou em contato com a instituição e foi informada de que seria enviado um pronunciamento sobre o assunto, mas o material não foi recebido até a publicação desta reportagem. Mais uma vez, a Rede disponibiliza o espaço para a declaração.
Entenda as denúncias
Os candidatos do concurso realizaram a prova escrita do certame no dia 06 de novembro. No entanto, durante a semana os candidatos relataram inconsistências de informações e falta de transparência, levantando suspeitas sobre a confiabilidade do processo. A decisão é vigente até que a instituição divulgue o link da prova escrita de cada candidato e das atas de correção dos examinadores.
