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terça-feira, 13 de setembro de 2022

Governo Bolsonaro gastou mais de R$ 70 mil para trazer coração de Dom Pedro I ao Brasil


O governo de Jair Bolsonaro (PL) gastou ao menos R$ 74,5 mil com tratativas envolvendo a vinda do coração de Dom Pedro 1º ao Brasil.

O montante é composto por custos com a ida de embaixadores a Portugal, cerimônia de recepção em Brasília e instalação de câmeras -mas nem sequer inclui gastos com transporte da relíquia, que veio numa aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira).


Foto: Reprodução

Antes da chegada do coração do imperador para as comemorações do Bicentenário da Independência, o Itamaraty desembolsou R$ 70,5 mil com a ida de dois servidores a Portugal para acertar pormenores da viagem.

Os embaixadores George Monteiro Prata e Guilherme Belli embarcaram para a cidade do Porto, onde o coração fica armazenado, no dia 24 de julho, de Brasília, e retornaram quatro dias depois.

Cada um gastou R$ 23,9 mil em passagens aéreas, ida e volta. A viagem foi solicitada com urgência, ou seja, foi confirmada com menos de 15 dias de antecedência. As diárias de Monteiro custaram R$ 12.293,89 e as de Belli, R$ 10.407,25.

“A missão terá por objetivo manter reuniões de trabalho com representantes da Câmara Municipal do Porto e da venerável Irmandade de Nossa Senhora da Lapa, entidades responsáveis pela relíquia, para acertar os pormenores do translado”, diz o detalhamento.

Já com o coração em solo brasileiro, o Ministério de Relações Exteriores gastou R$ 545 na instalação de câmeras de segurança no interior da sala San Tiago Dantas, onde a relíquia ficou exposta na capital federal.

A pasta ainda desembolsou R$ 3.402 com serviços para a cerimônia de recepção do órgão no dia 22 de agosto -aluguel de equipamentos, sonorização, alimentos e bebidas no contexto de reuniões preparatórias, além de recepção de imprensa.

As informações foram obtidas pela reportagem via LAI (Lei de Acesso à Informação) e dados do Portal da Transparência do governo federal.