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terça-feira, 27 de setembro de 2022

Em um mês, Ceará registra duas mortes por suposta briga política


A Notícia do Ceará 


Foto: reprodução (G1)

A Polícia Civil do Ceara (PC-CE) prendeu preventivamente, na tarde da última segunda-feira (26/09), o suspeito de matar um homem de 39 anos após uma suposta discussão política. No último sábado (24/06), segundo as denúncias ouvidas pelos agentes, Edmilson Freire da Silva, de 59 anos, teria entrado em um estabelecimento de Cascavel, a km de Fortaleza, a 62 km de Fortaleza, e perguntado quem era eleitor de Lula (PT), candidato à Presidência. Após a vítima se identificar como apoiador do ex-presidente, um conflito foi gerado entre os dois homens, que culminou com a morte do mais jovem por golpes de faca.

No entanto, Edmilson apresenta outra versão, considerada “fantasiosa” pela Polícia. “Ele nega a questão da motivação política, da divergência política, informa inclusive que não tem candidato, embora indique já ter votado em candidato X, contrário ao candidato da vítima”, afirma o delegado Josafá Araújo Carneiro Filho, responsável pelas investigações. De acordo com Josafá, os depoimentos de quatro testemunhas apresentam elementos e informações suficientes que contradizem o relato do suspeito.

Edmilson deve responder pelo crime de homicídio qualificado. Em seu histórico, foi encontrada passagem pela polícia por lesão corporal dolosa no contexto de violência doméstica.

O prefeito de Cascavel, Tiago Ribeiro, lamentou o ocorrido, afirmando que “não é com violência que se constrói o futuro de um país”.

Segunda morte por briga política

Este é o segundo caso de assassinato com suposta motivação política no Ceará neste mês. No dia 04, o empresário Sérgio Glaydson Freitas Lacerda foi assassinado em Acopiara, e populares acreditam que a morte foi resultado de divergências envolvendo as eleições estaduais.

Sérgio era apoiador de Capitão Wagner (União Brasil) e pode ser visto em vários vídeos que circulam nas redes sociais fazendo apostas sobre o resultado nas urnas. Vereadores confirmaram que o motivo da morte seria uma discussão política durante sessão na Câmara. “É uma pena que nós tenhamos chegado, em nosso município, a um acontecimento como esse. Isso em função de tudo que a gente tem passado, até em nível nacional, desse acirramento idiota, dessa maneira de fazer política desastrada”, afirma o vereador Elias Neves Neto (MDB).