A
tradicional celebração do Domingo de Ramos, que dá início a Semana Santa
aconteceu, na Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores, com portas fechadas e
sem a presença dos fiéis, que foram representados pelas bandeiras do Brasil e
dos Estados do Nordeste, distribuídas nos bancos da Casa da Mãe das Dores.
A procissão deste dia costumeiramente percorreria algumas das
principais ruas da cidade, com a presença de centenas de fiéis, mas aconteceu
de maneira diferenciada: dentro da própria igreja, apenas com os padres e
diácono, dirigindo-se ao altar.
As mudanças nos atos litúrgicos foram orientadas pela
Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, apenas durante
esta época de pandemia, já que as celebrações não podem ter a presença física
de pessoas. “Aqueles que nos acompanham estão com o coração e suas preces,
lotando os bancos desta igreja”, afirma o vigário paroquial, Padre Antônio
Romão.
Unidos
pela oração
Durante a homilia, o Padre Cícero José, pároco e reitor da
Basílica Santuário, fez uma reflexão acerca do silêncio de Jesus: “O silêncio
do Senhor denúncia a maldade daqueles que O entregam à morte. Revela também a
compreensão da sua existência na terra, como realização da vontade de Deus”,
disse o sacerdote.
Antes da benção final, o padre agradeceu a todos que estão na
linha de frente, no combate ao Covid-19 e a todos os romeiros, devotos e
devotas, que acompanham as celebrações e rezam juntos. Por isso a ideia de
representá-los nas bandeiras colocadas nos bancos da igreja. “Esta expressão é
para dizer que os romeiros estão nos nossos corações. Costumo dizer que, mesmo
de longe, ninguém solta a mão de ninguém.”