A Polícia Civil do Piauí apreendeu uma
quantidade de R$ 12 mil, duas aeronaves e mais de uma tonelada de cocaína pura
na tarde desta terça-feira (10). Sete pessoas foram presas em dois hotéis e em
uma quitinete na Zona Norte de Teresina. A apreensão dos entorpecentes
aconteceu em diversos pontos da capital. Segundo a Secretaria de Segurança,
trata-se da maior apreensão de cocaína na história do estado.
A Secretaria de
Segurança do Piauí informou que foram apreendidos quatro veículos. Em relação
as aeronaves, elas foram localizadas em um aeroporto privado no município de Timon, no Maranhão.
Em seguida, o helicóptero e o bimotor foram levados para o hangar do Governo do
Piauí. De acordo com o secretário de segurança, Fábio Abreu, o grupo pretendia
lucrar em torno de R$ 25 milhões com os entorpecentes.
Dos
suspeitos presos, três deles são pilotos das aeronaves. Os demais, conforme as
investigações, participavam da locação de sítios. Os homens são dos estados da
Bahia, Pernambuco, Pará e Piauí.
“Foram presas sete
pessoas, quatro pilotos de aeronaves e outros três homens que faziam o acompanhamento
e participavam do setor de logística, ou seja, faziam a locação de sítios. Um
dos sítios eles chegaram a alugar por R$ 10 mil. Os presos são do Pará,
Pernambuco e Bahia. Nós temos um piauiense que, segundo ele, trabalhava em um
garimpo e ajudava na locação dos espaços”, comentou o secretário de segurança,
Fábio Abreu.
O
Grupo de Repreensão ao Crime Organizado (Greco) divulgou os nomes dos presos
que são: André Luís de Oliveira Cajé Ferreira, Alexandre Vagner Ferraz,
Alexandro Vilela de Oliveira, Vagner Farabote Leite, Renato Solon Gondim
Magalhães, João da Cruz Marques e Alexandre Barros Pereira de Meneses.
Participaram da
operação o Greco, a Delegacia de Entorpecentes (Depre), Divisão de Operações
Especiais (DOE) e o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do
Estado
Para o delegado Cadena Júnior, coordenador da Delegacia
de Entorpecentes (Depre), a cocaína, provavelmente, veio da Bahia. Depois a
droga seria remetida para Fortaleza e, em seguida, para o exterior, com o foco
na Europa.
"Este grupo de pessoas estava atuando no tráfico
internacional de drogas e tinha Teresina como ponto de apoio, em que faziam uso
de sítios na nossa zona rural, afim da droga ser remetida para Fortaleza e de
lá para o exterior", afirmou.
A
partir de agora, o caso será investigado pela Depre. O delegado Cadena Júnior
informou que será solicitada a incineração imediata da cocaína por questões de
segurança.
“Primeiramente,
achava-se que era contrabando de metais preciosos. Mas, no desenrolar da
investigação, viram que poderia ser entorpecentes e por isso houve a minha
locação. Vai ser pedida a incineração imediata, pois é necessário manter a
segurança do material apreendido. Já entramos em contato ao juiz da Central de
Inquéritos e ele irá solicitar juntamente com o MP a incineração imediata”,
relatou.