A Rede Sustentabilidade oficializou, na madrugada desta quinta-feira,
11, a decisão de ser oposição ao próximo presidente da República,
independentemente de quem vença as eleições. A sigla anunciou também que não irá apoiar Fernando Haddad, do PT, no
segundo turno e recomendou explicitamente que seus filiados e simpatizantes não votem em Jair Bolsonaro, do PSL.
"Não
temos identidade com nenhum dos dois projetos, mas neste momento compreendemos
que o candidato Jair Bolsonaro representa um risco imediato à democracia, à
defesa dos direitos humanos e à proteção do meio ambiente", afirmou Marina
Silva, presidente do partido após reunião da Executiva Nacional.
Candidata
derrotada à Presidência da República nestas eleições, Marina afirmou ainda que
os filiados ou simpatizantes do partido devem usar a consciência para decidir
entre votar nulo, em branco ou em Haddad.
Em
nota divulgada após a reunião, a Rede diz "não ter ilusões sobre as
práticas condenáveis do PT, dentro e fora do governo". "No entanto,
frente às ameaças imediatas e urgentes à democracia, aos grupos vulneráveis,
aos direitos humanos e ao meio ambiente, a Rede Sustentabilidade recomenda que
seus filiados e simpatizantes não
destinem nenhum voto ao candidato Jair Bolsonaro e,
isso posto, escolham de acordo com sua consciência votar da forma que
considerem melhor para o País", diz o texto.
No
documento, a sigla ressalta ainda que no primeiro turno das eleições houve um
projeto alternativo à polarização política e classificou tanto Haddad quanto
Bolsonaro como representantes de projetos de poder "prejudiciais ao País,
atrasados do ponto de vista da concepção de desenvolvimento, autoritários em
relação ao papel das instituições de Estado, retrógrados quanto à visão do
sistema político e questionáveis do ponto de vista ético".
Marina
Silva culpou o PT e o PSDB pela polarização política no Brasil que, segundo
ela, chegou ao "seu limite máximo de prejuízo ao país".