Apenados
da Penitenciária Regional do Cariri – PIRC – plantam e colhem verduras, graças
a um projeto de ressocialização, desenvolvido numa parceria entre a Pastoral
Carcerária da Diocese de Crato e a direção da unidade prisional.
Além
dos benefícios com o cultivo dos alimentos, a iniciativa dentro do presídio tem
a intenção de apresentar transformação na vida dos principais envolvidos.
“A
horta tem como objetivo a remissão de pena. Os presos que nela trabalham tem a
pena reduzida. Hoje nós estamos aqui para a instalação”, explicou o diácono
Cristiann Huyghens Torres da Silva, um dos principais articuladores do projeto.
A
horta da PIRC vai conseguir se manter graças às doações feitas ao fundo
diocesano de solidariedade, colhidas no Domingo de Ramos. Com as ferramentas,
já foram feitos 16 canteiros na terra que foi disponibilizada no espaço.
Conforme
a diretora da unidade, Izabeliza Campos, a ideia é que o trabalho da horta
ajude os apenados a fazer um elo entre o serviço e o sistema carcerário. “Essa
questão do trabalho de socialização e ressocialização do interno ele se faz
necessário com a participação de toda a sociedade. Então, todos os organismos
que atuam na sociedade, como a Igreja, devem ser inseridos no sistema
penitenciário para ajudar, já que o preso que está aqui dentro, ele retorna
para a sociedade”, considerou.
É
justamente nessa intenção que vai atuar, junto à Pastoral Carcerária, um grupo
formado por quatro pessoas da Comunidade Católica Shalom, como explicou a
coordenadora Andreia Barros. “Hoje a gente veio para uma primeira visita. A
nossa ideia é evangelizar a partir da promoção humana, conseguir entrar na vida
dessas pessoas, tentando dar a elas dignidade”.