Na
noite desta terça-feira (26), em Crato, fiéis participaram da tradicional
Procissão do Encontro. Para fazer memória a esse momento em que os olhares de
Jesus e Sua Mãe se cruzam no caminho até o Calvário, os homens saíram do
Santuário Eucarístico Diocesano, no Centro da cidade, carregando a imagem do
Senhor dos Passos e meditando as estações da Via-Sacra. As mulheres partiram da
Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no bairro Pimenta, levando a imagem da Virgem
das Dores e rezando os sete sofrimentos pelos quais Ela passou, desde o
nascimento ao sepultamento do Filho.
O
bispo dom Gilberto Pastana, que aguardava a chegada das imagens à frente da
Catedral Nossa Senhora da Penha, explicou que esse encontro é “o mistério da
dor”, a dor da mãe que carrega consigo o sofrimento físico, moral e espiritual
de seu Filho. Também disse se tratar da “compreensão do amor que Jesus tem pela
humanidade, doando a vida pelo amor”, sublinhando que, nesse caminho, já sem
forças para prosseguir, ver sua Mãe é conforto para Jesus, “encontro
confortador, amoroso, onde se entrelaça sentimentos e, sobretudo compaixão com
a vida. Jesus se compadece com a dor de Sua Mãe”.
“Dor de mãe é uma dor imensa!”,
partilhou a dona de casa Francisca Figueiredo dos Santos. “A gente, que é mãe,
sofre mais do que o filho quando ele sofre, imagina para aquela mãe ver o filho
naquela situação, todo ensanguentado, e ela naquele silêncio, mas naquela dor
imensa”.A procissão
do encontro, tradição durante a Semana Santa, é muito cara à devoção dos fiéis,
que, todos os anos, lotam as ruas para participar dessa celebração com a maior
piedade