Faleceu no início da tarde deste sábado
(10), aos 81 anos, um dos mais respeitados músicos do Ceará, representante da
sanfona e da cultura regional: José Tomás Sobrinho, conhecido popularmente como
Zé de Manu. Desde janeiro, o músico estava internado e lutava para superar
complicações pulmonares. O velório será em Fortaleza, enquanto o sepultamento
ocorrerá em Cedro, sua cidade natal.
Ainda cedo, Zé de Manu descobriu sua vocação para a música. Aos seis
anos, dividia o tempo entre a escola, o trabalho na roça e os instrumentos
musicais. “Na roça, pegava um talo de milho e fazia uma espécie de cavaquinho,
com cordinhas e tocava”, disse em entrevista ao Blog Várzea
Alegre. Foi quando sua
mãe, sensível às suas habilidades, comprou-lhe um cavaquinho, conta. Tocou
ainda banjo e violão. Com um tio, aprendeu a tocar fole de oito baixos e se
apaixonou pelo instrumento musical.
O interesse pela sanfona surgiu aos 14 anos, quando o tio Jaca comprou
uma sanfona de 80 baixos e nunca mais deixou o acordeon. “Paixão não, é amor”,
ratificou. Sua maior referência, além do tio, foi Luiz Gonzaga. Tinha “Asa
Branca” e “Assum Preto” como músicas favoritas. Com o “Rei do Baião”, Zé de
Manu tocou por sete anos, participou das festas no Parque Asa Branca, em Exu, e
foi um dos artistas que recebeu de presente do ídolo uma sanfona.
Zé de Manu ficou conhecido e foi reverenciado por sua atuação
na casa de show Kukukaya, em Fortaleza, onde tocou o autêntico forró
pé-de-serra por mais de 10 anos. Amigo do PCdoB, participou de inúmeros
eventos, como campanhas, festas e jantares partidários. Perdemos uma referência
da música e da cultura cearense.
Zé de Manu ficou conhecido e foi reverenciado por sua atuação na casa de show Kukukaya, em Fortaleza, onde tocou o autêntico forró pé-de-serra por mais de 10 anos. Amigo do PCdoB, participou de inúmeros eventos, como campanhas, festas e jantares partidários. Perdemos uma referência da música e da cultura cearense.