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domingo, 25 de março de 2018

Domingo de Ramos e a paixaotdo Senhor :Hosana ao filho de Davi

Fiéis lotaram o interior e o patamar do Santuário Eucarístico Diocesano, no fim da tarde deste domingo (25), para participar, solenemente, da procissão e celebração dos Ramos. Após a bênção, todo o povo saiu em procissão rumo a Sé Catedral de Nossa Senhora da Penha, onde a celebração continuou. A missa foi presidida pelo bispo dom Gilberto Pastana, concelebrada pelos padres José Vicente Pinto (vigário-geral da diocese e cura da Catedral), Rocildo Alves (chanceler da Cúria Diocesana), Cicero Luciano (reitor do Seminário Propedêutico) e Monsenhor Bosco Cartaxo (reitor do Santuário). O domingo de ramos é a porta para a Semana Santa, momento ápice da vida do Cristão. Neste dia faz-se memória à entrada gloriosa de Jesus em Jerusalém, recebido por uma multidão que o aclama como o messias tão esperado. Aclamam Jesus, dizendo: “Bendito é aquele que vem em nome do Senhor” e “Hosana” (em hebraico, este termo significa “Salvai-nos!”), como relata o evangelista, São Mateus. Hoje também o povo é convidado a segui-lo e entrar em Jerusalém. “Assim iniciamos este semana santa, e ela é santa porque nos santifica, faz-nos adentrar nos mistérios do Senhor e viver a nossa fé. Essa semana deve nos ajudar a entender a fé que praticamos”, disse Dom Gilberto. Em seguida, convidou a assembleia para meditar e questionar qual a sua missão no reino de Deus. “Ele entra sabendo que é chegada a hora de abraçar com plenitude a vontade do Pai e entregar sua vida. Será que nós estamos dispostos a entregar a vida como Ele entregou? Que reino é esse que Jesus traz para a nós e quais as formas que eu posso ajudar a construi-lo?”, questionou. Após este momento, o bispo abençoou os ramos dos fiéis e sinalizou o início da procissão até a Catedral, fazendo memória àquela ocasião em que o povo, na estrada de Jerusalém, estendia seus mantos pelo chão e cobriam Jesus com ramos de árvores. Eis porque deste dia, nas paróquias do mundo inteiro, os ramos serem abençoados e distribuídos entre os fiéis. Outro costume muito presente entre os fiéis, durante esta celebração, é o de levar não apenas ramos de palmeiras, mas também plantas medicinais, para serem utilizadas no preparo de chás e remédios caseiros. Ao filho de Davi Na celebração do domingo de ramos são proclamados dois evangelhos. Um narrando à entrada de Jesus (lido no início da missa, antes da bênção dos ramos) e outro narrando a sua condenação à morte (este feito como de costume, após as leituras). A liturgia deste dia mostra que o mesmo povo que glorificou Jesus na entrada da cidade, momentos depois o condena à crucificação e à morte. Os coros de “Hosana” dão lugar aos gritos de “crucifica-o”. Na homilia, dom Gilberto refletiu: “Nós já estamos vivendo a semana Santa e nós já iniciamos essa semana no Santuário Eucarístico, onde ouvimos o evangelho de São Mateus que narra à entrada em Jerusalém. Jesus e seus discípulos. Lá foram abençoados os nossos ramos que, durante a procissão, nos ajudaram a aclamar Jesus como filho de Davi. Ali, fizemos uma breve homilia, nos orientando para que a gente possa viver, nesta semana, a santidade de Deus. Chegamos a nossa Catedral para continuar a nossa liturgia, que não acaba hoje, mas continua ao longo dessa semana. O bispo prosseguiu explicando o Evangelho, cuja proclamação foi toda musicada e cantada, dizendo que “a narrativa da paixão segundo Marcos, quer nos dizer quem é esse Cristo, quem é esse Jesus que aclamamos durante a procissão: ‘hosana!’”. Também comentou que o evangelista Marcos “nos revela aquilo que nós, em certo sentido, viveremos esses dias no tríduo pascal, refletindo às sete últimas palavras de Jesus no momento de sua prisão e paixão, poderemos também vivenciar o encontro de Jesus com sua mãe. Poderemos, sobretudo, vivenciar com maior intensidade o mistério pascal, na Quinta-feira e na sexta-feira santa. Marcos não fala da ressureição. A ressureição nós escutaremos no sábado Santo”, sublinhou. A morte em Cristo – continuou o bispo – nos leva à ressureição. A narrativa da paixão deve nos levar à meditação e ao silêncio. Dom Gilberto ainda enfatizou que esta semana “não é uma semana de muitas palavras e de muita pregação, mas de contemplação das atitudes e gestos de Jesus, e das atitudes das pessoas que participaram da vida de Jesus e do processo que cumulou sua morte”. Por fim, deixou um questionamento aos fiéis: Quem é Jesus na nossa vida? Na narração aparecem inúmeros personagens: Pedro, Judas, as mulheres, o Cireneu e tantos outros que acabam nos identificando em nossas atitudes. Por isso, é importante que nós nos incluamos nesse processo para saber quem somos. Que atitudes nós tomamos hoje? Que personagem nós acabamos nos identificando nessa narrativa hoje? Esse tempo não é apenas para olhar para trás com pena e de Jesus, mas nos levar a meditar a paixão e morte de Jesus, nos nossos dias. Essa história nós vivenciamos hoje e os atores são os mesmos. É importante nós termos essa clareza para que possamos, diante do Senhor, pedir a conversão. Vamos continuar a viver essa semana santa e trazer para a nossa vida esses acontecimentos que marcaram a vida de Jesus e a nossa. E nós queremos celebrar a vida para que essa vida reflita o amor de Jesus e transmita os valores do reino. Coleta Nacional da Solidariedade Hoje, a Igreja no Brasil realiza a Coleta Nacional da Solidariedade. Todo o valor financeiro arrecadado com as coletas das celebrações deste vai para os Fundos Nacional e Diocesanos de Solidariedade, que o encaminha a projetos relacionados ao tema da Campanha da Fraternidade que, este ano, trata sobre a promoção da paz, por meio da superação da violência.