O Instituto Cidades Sustentáveis divulgou nesta terça-feira (27/08) o estudo “Pesquisa Nacional sobre Desigualdades 2024”, revelando que cerca de 50 milhões de brasileiros com 16 anos ou mais recorreram a atividades extras para complementar sua renda no último ano. Isso representa 31% da população nessa faixa etária.
Comparado ao levantamento de 2023, o percentual de pessoas envolvidas em “bicos” permaneceu estável. No ano anterior, 45% dos brasileiros (76,2 milhões) tinham realizado trabalhos informais para equilibrar o orçamento doméstico.
Entre os dados atualizados, destaca-se que 37% dos indivíduos com renda familiar de até um salário mínimo, no valor de R$ 1.412, procuraram fontes adicionais de rendimento nos últimos 12 meses. O estudo identifica ainda que o principal tipo de trabalho extra foi relacionado a serviços gerais, como faxina e manutenção, com 8% de participação.
Outras atividades mencionadas foram fabricação de bijuterias e artesanato, produção e venda de alimentos caseiros, serviços de beleza, vendas ambulantes, motorista e entregas por aplicativos, venda de roupas e itens usados, revenda de cosméticos e produtos de beleza, trabalho como babá, cuidados com idosos, aulas particulares e segurança em estabelecimentos comerciais.
Para compor a pesquisa, o Instituto Cidades Sustentáveis realizou 2.000 entrevistas presenciais e domiciliares em 129 municípios de todas as regiões do Brasil entre 4 e 8 de julho. O nível de confiança é de 95%.